LENTIBULARIACEAE

Genlisea aurea A.St.-Hil.

Como citar:

Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho; Tainan Messina. 2012. Genlisea aurea (LENTIBULARIACEAE). Lista Vermelha da Flora Brasileira: Centro Nacional de Conservação da Flora/ Instituto de Pesquisas Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

LC

EOO:

964.801,635 Km2

AOO:

160,00 Km2

Endêmica do Brasil:

Detalhes:

Ocorre nos Estados de Tocantins, Bahia, Mato Grosso, Goiás, Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Santa Catarina (Fromm-Trinta, 1996).

Avaliação de risco:

Ano de avaliação: 2012
Avaliador: Luiz Antonio Ferreira dos Santos Filho
Revisor: Tainan Messina
Categoria: LC
Justificativa:

<i>Genlisea aurea </i>caracteriza-se por ervasaquáticas ou rupícolas, anuais, hermafroditas, e apresentam síndrome depolinização entomófila. Endêmica do Brasil. Ocorre nos biomas Cerrado e MataAtlântica, em Campos Rupestres, Campos de Altitude, áreas pantanosas e margensde córregos, formando pequenos agrupamentos descontínuos, distribuindo-seamplamente pelo território brasileiro, entre 1.300 e 1.500 m de altitude. ApresentaEOO de 824.027,8 km². Protegida por unidades de conservação (SNUC). Apesar de seushabitats de ocorrência estarem em constante supressão, não existe uma ameaçadireta que coloque a espécie em risco. Devido a sua distribuição disjunta epontual entre estados brasileiros possivelmente levará a categorias de ameaçaem avaliações regionais. Não ameaçada no âmbito nacional.

Perfil da espécie:

Obra princeps:

​A espécie é classificada na seção Genlisea, pelas flores de corola amarela e fruto com deiscência circunscrita e pedicelo ereto (Andrade, 2009).

Valor econômico:

Potencial valor econômico: Desconhecido

População:

Flutuação extrema: Sim
Detalhes: Espécie considerada rara em São Paulo e Santa Catarina, cujas subpopulações são pouco frequentes e formam pequenos agrupamentos descontínuos em locais úmidos de Campos de Altitude (Taylor, 1980).

Ecologia:

Biomas: Mata Atlântica, Cerrado
Fitofisionomia: Campos Rupestres, Campos de Altitude; em banhados, áreas pantanosas e margens de córregos (Taylor, 1980;, Fromm-Trinta, 1996).
Habitats: 3.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 4.6 Subtropical/Tropical Seasonally Wet/Flooded Lowland, 4.7 Subtropical/Tropical High Altitude, 5 Wetlands (inland), 5.4 Bogs, Marshes, Swamps, Fens, Peatlands
Detalhes: Erva perene, encontrada em ambientes aquáticos e rupestres, formando pequenos agrupamentos descontínuos. Fértil durante o ano todo e polinizada por insetos.

Ameaças (4):

Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Behling; Pillar (2007), evidenciam que as áreas de Campos de Altitude do planalto Sul e Sudeste do Brasil são escassas e pequenas e estão sendo reduzidas ainda mais pelos atuais processos antropogênicos e que as maiores áreas de pastagem naturais (maior que 10.000 km²) foram substituídas por florestas de pinheiros exóticos e diversas práticas agrícolas, que são as principais ameaças à pastagem natural.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Os Campos de Altitude da Mata Atlântica sofrem com as atividades antrópicas realizadas em seu entorno e interior. A sensibilidade dos solos, rasos, facilita que processos erosivos entrem em curso; a remoção da vegetação tampão no entorno facilita a invasão de espécies exóticas invasoras com alto poder competitivo, que uma vez instaladas, competem diretamente por recursos com a flora nativa; intensos e frequentes incêndios incidem sobre os Campos de Altitude; atividades extrativistas impactam diretamente populações de plantas endêmicas e raras; a mineração de granito-gnaisse e arenito alteram irremediavelmente o substrato; a crescente expansão urbana para áreas de encosta suprime ainda mais esses ambientes e o desenvolvimento de técnicas agrícolas modernas tem permitido o desenvolvimento do que é chamado "agricultura de altitude" (p. ex. o cultivo de café no Estado do Espirito Santo, que tem atingido cotas de até 1.200 m); instalação de torres de transmissão de energia e telecomunicações, destruindo extensas faixas de áreas montanhosas naturais; e aliada a isso, a flora dessas regiões apresenta uma alta vulnerabilidade às mudanças climáticas em curso (GMBA, 2005; Martinelli, 2007).
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1.4.3 Tourism/recreation
O Parque Estadual de Ibitipoca é muito visitado por turistas ao longo de todo o ano. Estima-se que o número de visitantes alcance os 40.000 por ano. Além da pressão de coleta ilegal exercida por parte dos turistas, a criação de trilhas sem a orientação dos funcionários, bem como a erosão de trilhas já existentes, pode atingir diretamente as populações de algumas espécies.
Estresse Ameaça Declínio Tempo Incidência Severidade
1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Na região central do Espinhaço, foram identificadas como principais ameaças: a mineração, a expansão urbana, o turismo descontrolado, a criação de gado e as queimadas (Vasconcelos et al., 2008).

Ações de conservação (2):

Ação Situação
4.4 Protected areas on going
Ocorre no P.E. do Ibitipoca, Lima Duarte - MG (Andrade, 2009), no PARNA Serra do Cipó (Fromm-Trinta, 1996) e no PARNA Chapada dos Veadeiros (CNCFlora, 2011).
Ação Situação
1.2.1.3 Sub-national level on going
A espécie é considerada "Vulnerável" (VU), segundo a lista das espécies da Flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo (SMA-SP, 2004).